Apple e Google desenvolvem ferramentas de combate ao vício aos smartphones

Clara Dias

Escrito por Clara Dias

05 | 06 | 2018
Tempo de leitura 2 min de leitura

Nesta segunda-feira (05), a Apple anunciou a nova versão do sistema operacional do iPhone, o IOS 12. Este tem como principal destaque ferramentas que ajudam as pessoas a controlarem o vício em smartphones. Semanas atrás, durante um evento para desenvolvedores, o Google abordou essa temática.

Por que a Apple e o Google, dois gigantes no quesito sistema operacional mobile, querem desgrudar os usuários das telas dos celulares? E qual razão desse interesse na saúde digital de seus consumidores?

As duas empresas desenvolveram ferramentas com fundamentos parecidos. Os recursos do Android e do iOS buscam mostrar ao usuário quanto tempo ele passa conectado em cada app de seu smartphone.

A medição do Google, será exibida em um painel de controle, que mostra um gráfico em círculo no meio e uma lista dos aplicativos mais acessados. Com um toque em um deles é possível limitar o uso diário, podendo personalizar o aplicativo e até pausá-lo. Outro recurso, é o aprimoramento do recurso Não Perturbe, o qual pode acinzentar toda a tela e se ativar na hora de dormir.

O Time Spent foi o aplicativo desenvolvido pela Apple que mostra o tempo gasto com cada app em relatórios mensais. É possível definir os limites de uso, e receber um alerta quando o período definido estiver para acabar.

O iOS 12 sugere ao usuário quais aplicativos desligar as notificações, de acordo com o mais ou menos usado. Outro ponto, que entra nessa nova ferramenta é o controle parental, o qual evita que os filhos fiquem muito tempo em um smartphone.

Desde a década de 2000, pesquisadores abordam como os aplicativos e plataformas são desenhados para viciar os usuários, provocando ansiedade e depressão.

Em 2016, um ex-executivo do Google, Tristan Harris, deu início ao movimento Time Well Spent (tempo bem aproveitado) e a ideia viralizou no Vale do Silício.

Harris propôs passos para desintoxicar as pessoas, o primeiro é reconhecer o vício e o segundo redesenhar os sistemas e aplicações.

Sendo questões colocadas em prática pelo iOS e o Android.
Além disso, Harris propõe um design “humanizado”, e uma mudança intrínseca tanto no modelo de negócios até a fuga de publicidade hiper-direcionada que busca obter dados e captar ações de usuários.

Sobre o autor

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Estudante de jornalismo que tem uma queda por Marketing Digital e viajante nas horas vagas.

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