Efeito HALO: Por que escolher “ISSO” e não “AQUILO”?
Escrito por Gustavo Tino
“Efeito de Halo” (halo seria a áurea, auréola ou chapéu de anjo). Basicamente, ele pode ser entendido como a possibilidade de que a avaliação positiva de uma parte resulte numa avaliação positiva do todo.
Como por exemplo, quando perguntam para uma criança o que ela deseja ser quando crescer, normalmente a resposta é bombeiro, médico, policial ou astronauta, porque são profissões que demonstram honra, valores éticos que são disseminados desde sempre, passam uma posição de respeito, ou em uma entrevista para uma vaga de emprego, o que é comum à interferência desse efeito no processo de avaliação, principalmente no que tange à simpatia ou antipatia que esse candidato inspira em seus avaliadores.
O termo surgiu em 1920, pelo psicólogo norte americano Edward Thorndike, na primeira Guerra mundial. Foi uma série de experimentos psicológicos com o objetivo de obter avaliações de desempenho dos soldados, e sua conclusão foi que, existe uma grande correlação entre as aptidões dos soldados e sua aparência física, é como se o soldado que tivesse uma boa aparência física ou tivesse o biótipo de “militar ideal” consequentemente contribuísse para uma pré-avaliação em outros quesitos, como pontaria, disciplina, inteligência, etc.
Na globalização em que o mundo se encontra, o “efeito halo” toma outras proporções e uma nova cara, como a decisão de compra, que marca de roupa usar, que carro dirigir, com qual companhia aérea viajar, em qual empresa comprar e assim por diante.
Por que escolher “isso” e não “aquilo”? Isso pode ser explicado através das influências primárias, como quando você vê algum ator/atriz que você admira muito, fazendo propaganda para alguma marca, inconscientemente você se afeiçoa à marca, e caso tenha que escolher ou recomendar, claramente você escolherá o produto que sua estrela faz parte, seria julgar todas as características de algo com base em uma informação só.
A diferença entre alguém audacioso ou petulante, insistente ou teimoso pode estar no sucesso em que a pessoa faz e não na atitude.
As marcas pagam caro em anúncios e iniciativas que deem a elas esse “efeito halo”, quanto mais você pensar em uma marca como inovadora ou apoiadora de alguma causa, mais pré-disposto você estará em ver qualquer produto deles como genial reparando menos em suas falhas. O mesmo efeito faz com que o consumidor enfrente filas e filas por um produto que ainda nem conhece.
Em seu livro “O que nos faz felizes”, Daniel Gilbert cita: “Explicações tendem a nos fazer uma escolha, mesmo que elas não expliquem nada de verdade”.
Depois que a marca seduzir o indivíduo, ele estará mais propenso a aceitar tudo que esta possa lançar, independente se o produto da concorrente é melhor. Com cada vez mais escolhas, o cérebro conspira ainda mais para te tornar preso à qualquer uma delas e quaisquer que sejam suas escolhas, seu cérebro achará respostas para confortá-lo, afinal, VOCÊ escolheu.
Isso implicará que a sua escolha sobre produto ou marca é a mais eficiente, ou seja, quanto mais belo, cativante e impressionante, toda a linha de produto terá uma associação de que é boa e com certeza atingirá os objetivos.
Sobre o autor
Gustavo Tino
Estudante de publicidade, cafeísta, admirador da filosofia e da mitologia grega
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