Black Friday 2024 em números: dados e insights para aumentar suas vendas
Você está pronto para descobrir como a Black Friday 2024 pode transformar seus resultados de vendas? No ano…
Escrito por Mauricio Shinmi
Se as previsões se confirmarem, a Black Friday de 2018 não deve ocorrer em novembro. Segundo apurou a reportagem do E-Commerce Brasil, lojistas, principalmente do varejo físico, pretendem antecipar a data para setembro, mais precisamente na segunda quinzena.
A mudança, que só aconteceria no próximo ano, viria para diminuir o impacto de vendas e margem de lucro da Black Friday sobre o Natal, uma reclamação recorrente entre varejistas. As discussões têm sido lideradas pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
Até agora, ocorreram três encontros que reuniram entre 50 e 60 representantes de empresas, incluindo e-commerce, segundo a Alshop. Apesar de não revelar, a reportagem apurou que B2W e Via Varejo estão entre as consultadas. Também foram chamadas para a discussão a câmara-e.net, Ebit e FecomercioSP.
Nesta quarta-feira (9), Arthur Rollo, secretário da Secretaria Nacional de Consumidor, afirmou, em evento no Rio de Janeiro, que vai discutir o tema com a Alshop.
Nas reuniões realizadas até agora, foram propostos os meses de setembro ou outubro para realocar a data. A maioria optou por setembro pois, tradicionalmente, ele é considerado um período morno no calendário do comércio. Uma aproximação com o Dia da Independência foi cogitada, mas a segunda quinzena ganhou a preferência dos lojistas.
Segundo Luís Augusto Ildefonso, diretor de Relações Institucionais da Alshop, cerca de 70% desses varejistas aceitaram a ideia de antecipar a segunda maior data do comércio. “Nos últimos dois anos, os lojistas sentiram na pele que a Black Friday teve um movimento forte de antecipação do Natal”, justificou Ildefonso.
Dessa forma, de acordo com o diretor, os varejistas – em especial os que atuam em shopping center – viram as vendas de Natal, quando costumam aumentar a margem dos produtos, diminuir consideravelmente. Com isso, sobrou o faturamento de novembro, com margens menores por conta dos descontos característicos da data.
Apesar do apoio à mudança, existem entraves à alteração. Neste momento, os setores de marketing das empresas ainda analisam a viabilidade de divulgação da nova data. Além disso, dentro do próprio grupo de discussão existem discordâncias em relação ao período em que a Black Friday seria alocada.
A única certeza, até agora, é de que a data de 2017 continuará a mesma, em novembro. No próximo ano, porém, existe uma possibilidade já aventada pelos lojistas de que ocorram duas Black Friday: uma em setembro, no novo dia escolhido, e outra em novembro, com empresas que não aderiram à nova data.
Apesar de a Alshop sustentar que “cerca de 70%” de quem está envolvido nas discussões concorda com a antecipação da Black Friday, a camara-e.net, única das associações de e-commerce chamada para a discussão, se disse contra a iniciativa.
“A gente não vê [a mudança] com bons olhos”, afirmou Leonardo Palhares, presidente da entidade. “A Black Friday é uma data promocional e mundial, não faz o menor sentido ter uma data diferente para o Brasil”, sustentou.
Segundo ele, o evento já se consolidou no país, e uma eventual alteração no calendário traria danos a quem já se acostumou. “Muito investimento já foi feito [por lojistas] para construir [a Black Friday]. Há espaço no calendário para novas datas. O esforço deve ser para construir, não destruir”, cravou.
Por outro lado, há quem se posicione a favor. A Associação Brasileira de Lojistas de E-commerce (Ablec) disse acreditar que a mudança equilibre a sazonalidade das vendas, embora seja preciso estudar o impacto sobre os clientes, já acostumados à data em novembro.
“Hoje, é ruim ter a Black Friday ocorrer logo antes do Natal”, opinou Rodrigo Nakagaki, presidente da Ablec. “A antecipação é uma boa ideia, porque [do jeito que está hoje] diminui a margem no Natal. Mas, para mudar uma data e criar outra… é complicado.”
Segundo a entidade, ainda deve demorar de três a cinco anos para os consumidores se adaptarem a um possível novo calendário. A Ablec também ponderou que é preciso tomar cuidado para “não termos cinco Black Friday no ano.”
Não é a primeira vez que o comércio tenta resolver o problema da sazonalidade e movimentar meses com baixos índices de vendas. Em 2014, por exemplo, o Buscapé criou o Dia do Consumidor, em 15 de março, para aquecer o início do ano.
Fonte: Ecommerce Brasil
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Acho muito difícil mudarem essa data, pois se trata de um data já conhecida mundialmente, e porque seriamos diferentes? Se antecipar para comprar presente de Natal é bom, temos que pensar que também somos consumidores.
Muitos já consideram a Black Friday no Brasil uma fraude, tenho certeza que esse será mais um motivo por desacreditarem na data.
E você o que acha?
Mauricio Shinmi
Com 17 anos de experiência na área de marketing digital e SEO, está na lista dos 50 maiores especialistas de Wordpress do Brasil, faz parte do conselho de tecnologia e inovação de Presidente Prudente - SP, certificado 8'Ps, UX, Google Sales e sócio fundador da Oxigenweb.
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