O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 35,8 bilhões em 2014, um crescimento nominal de 24%, já que em 2013 o resultado foi de R$ 28,8 bilhões.
O número de pedidos feitos via internet, em 2014, foi de 103,4 milhões, quantidade 17% maior que o registrado no ano anterior (88,3 milhões). O tíquete médio foi de R$ 347, 6% maior que em 2013 (R$ 327).
Ao todo, 51,5 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma compra online no ano de 2014, sendo 10,2 milhões entrantes. Com o total de pedidos (citado acima), chega-se a uma média de duas compras por consumidor.
O índice NPS (Net Promoter Score) apresentou bom resultado no ano, iniciando com 49% em janeiro e terminando em 57% em dezembro. O ápice foi de 63% em setembro e novembro, e a queda no último mês pode se justificar pelo aumento na quantidade de pedidos, no período de compras do Natal.
Moda e Acessórios se mantém como a categoria mais vendida, seguida de Cosméticos e Perfumaria/Cuidados Pessoais/Saúde, Eletrodomésticos, Telefonia e Celular, e Livros/Assinaturas e Revistas, nesta ordem.
As transações realizadas por meio de aparelhos móveis (sem o uso de apps) corresponderam a 9,7% de todas as vendas de bens de consumo pela Internet. No primeiro semestre, a participação chegava a 7%.
Em dezembro de 2014, 65% dessas compras foram originadas por smartphones e 35% por tablets, o que mostra uma inversão em relação a janeiro de 2014, quando este último era responsável por 67% das transações do mobile commerce.
As classes A e B são as que mais representam o consumidor do m-commerce, com 62% de participação, enquanto as classes C e D possuem 27%. As mulheres são 57% deste público, sendo que a faixa etária que mais consome é entre 35 e 49 anos para ambos os sexos (39% das mulheres e 38% dos homens), e 40 anos a média de idade.
O consumidor mobile possui renda média maior se comparado ao consumidor apenas do e-commerce: R$ 6.128 contra R$ 4.378.
Estudo realizado entre novembro e dezembro de 2014 aponta que 4 em cada 10 brasileiros fizeram alguma compra em site internacional, no último ano (em janeiro de 2014 eram 3 em cada 10). Sites chineses respondem por 55% da última compra dos entrevistados, quando estes responderam à pesquisa.
Os cinco sites mais utilizados são AliExpress, eBay, Amazon.com, DealExtreme (dx.com) e MiniInTheBox, nesta ordem. De 20 sites mais utilizados, 12 são chineses.
As três categorias mais consumidas em sites internacionais são Moda e Acessórios, Eletrônicos e Informática, nesta ordem. A categoria líder apresenta 33% de participação das compras dos brasileiros em sites internacionais e 52% nos sites exclusivamente chineses.
Entre os principais motivos para comprar em sites internacionais estão preço mais baixo, produto não disponível em lojas brasileiras e lançamento que não chegou ao País.
O pagamento para este tipo de compra é feito em 54% das transações por meio de cartão de crédito, 24% via PayPal e 20% por boleto bancário. E o gasto médio do consumidor em sites internacionais no ano é de U$ 163,21.
O valor estimado das compras feitas por brasileiros em sites internacionais, em 2014, é de R$ 6,6 bilhões, que equivale a 18% do total de faturamento dos sites brasileiros de e-commerce.
Considerando um período de 12 meses, de janeiro de 2014 para dezembro de 2014, entre aumentos de preços no início do ano e variações negativas subsequentes, o Índice FIPE/Buscapé, relatório mensal que analisa os preços praticados no comércio eletrônico brasileiro, registrou média mensal de -0,48%. Dos dez grupos pesquisados, sete apresentaram quedas de preço e três, aumentos, havendo expressiva diferença entre os grupos de produtos que compõem o índice, que vai de uma queda de -12,96%, em Telefonia, a um aumento de 1,94% em Cosméticos e Perfumaria.
Sobre o autor
Jaqueline Lopes
Formada em Publicidade e Propaganda.
Analista de Marketing Digital. Atuante em estratégias de SEO, Google Adwords, Google Shopping e Redes Sociais.
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