As áreas de trabalho mais promissoras de 2011

Mauricio Shinmi

Escrito por Mauricio Shinmi

23 | 12 | 2010
Tempo de leitura 6 min de leitura

De acordo com especialistas o ano de 2011 deverá ser o mais promissor para setores ligados ao desenvolvimento do nosso país. O crescimento e a melhora da economia brasileira está aumentando a demanda por mão de obra qualificada para áreas como infraestrutura, energia, telecomunicações, tecnologia e óleo e gás.

Os especialistas também analisaram os segmentos diretamente relacionados ao crescimento econômico, como as fortes tendências na área do bem estar social, que envolve desde sustentabilidade e meio ambiente até saúde e estética.

Segue abaixo a lista dás áreas promissoras para o ano de 2011:

Área comercial e internet
Área comercial e internet
“A área sofreu muito na crise econômica, já que muitas empresas cortaram os profissionais porque as vendas diminuíram”, diz Renato Grinberg, diretor da Trabalhando.com.br. De acordo com o especialista, com o crescimento econômico, as empresas voltam a precisar desses profissionais. Para Alexia Franco, líder da operação da Hays no Rio de Janeiro, empresa da área de recrutamento, o segmento de vendas pela internet deve se destacar pelo crescimento das operações. “São necessários profissionais que saibam atuar no desenvolvimento de parcerias de negócios na internet, com expertise na área”, afirma.
Tecnologia da Informação
Tecnologia da Informação (TI) e comunicação
Os perfis dos profissionais do setor estão cada vez mais complexos e as empresas precisam de pessoal com qualificações e conhecimentos em plataformas específicas. Além disso, a previsão é que os investimentos em redes sociais continuem a crescer, o que demanda especialistas na área, segundo Selma Morandi, diretora do Grupo Foco, empresa do setor de recursos humanos. “Tudo o que se fala em termos de desenvolvimento impacta na área de tecnologia”, lembra Alexia Franco, líder da operação da Hays. Para o diretor de graduação do Centro Universitário Senac, Eduardo Ehlers, a área de TI cada vez mais se aproxima da comunicação. “Há um crescimento no setor de produção multimídia como um todo”, afirma. Ele destaca, ainda, o segmento de jogos digitais.
Telecomunicações
Telecomunicações
O setor de telecomunicações necessita cada vez mais de especialistas em tecnologias como transferências de dados, 3G e Rede IP, cabos, entre outras, diz Alexia Franco, da Hays. Quanto mais cresce o número de usuários de celulares, por exemplo, aumenta a demanda nas redes de telecomunicações e de telefonia celular. “É preciso de profissionais como engenheiros e analistas de telecomunicações para a elaboração de projetos e até mesmo monitoramento e atuação nessas redes”, aponta o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino.
Varejo e consumo
Varejo e consumo
O crescimento econômico estimula a contratação de profissionais em diversas áreas do varejo, como alimentos, bebidas, cosméticos, roupas e supermercados, entre outros. A demanda é por trabalhadores de vários níveis, desde iniciantes a diretores, diz Selma Morandi, diretora do Grupo Foco. “O setor não caiu durante a crise, mas há uma nova demanda em função do aumento do nível da renda”, diz Alexia Franco, líder da operação da Hays. O crescimento no setor gera, ainda, investimentos em campanhas de publicidade e até em novos empreendimentos
Sustentabilidade
Sustentabilidade, meio ambiente e saúde
Para Selma Morandi, diretora do Grupo Foco, as empresas devem investir cada vez mais em profissionais voltados às áreas ambiental e de sustentabilidade. Nesse caso, a necessidade é por profissionais que acompanham e tenham experiência e especializações no setor. Para o diretor de graduação do Centro Universitário Senac, Eduardo Ehlers, há uma crescente busca pelo bem-estar individual e coletivo. “Cada vez se fala mais sobre ambiente e vida saudável”, disse. Ehlers prevê crescimento também em áreas como estética, turismo e hospitalidade, relacionadas ao bem-estar.
Energia
Energia
Eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, além de empresas de fora que pretendem investir no Brasil, demandam profissionais do setor de energia, destaca Selma Morandi, diretora do Grupo Foco. Mas é difícil preencher as vagas. “Falta qualificação nessa área. Os engenheiros ou migraram de área ou foram para o exterior”, diz ela. Alexia Franco, líder da operação da Hays no Rio de Janeiro, lembra, ainda, que o crescimento do pais depende do setor da energia, o que torna o setor permanentemente promissor.
Construção Civil
Construção civil
O setor também deverá se beneficiar com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, diz Selma Morandi, diretora do Grupo Foco. Além de programas como o “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, e o crescimento do setor imobiliário no país aumentam a procura por profissionais especializados. “Falta desde mão de obra básica até analistas financeiros voltados à área da construção”, diz o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino. De acordo com o especialista, todos os setores que estão em volta sentem o reflexo, como materiais de construção, imobiliárias e design de interiores.
Óleo e gás
Óleo e gás
Descobertas de reservas de petróleo no país aquecem o setor e atraem investimentos, diz Alexia Franco, líder da operação da Hays no Rio de Janeiro. “Há empresas que antes tinham apenas representações e agora já querem ter as próprias estruturas no Brasil”, diz. Além disso, o setor de extração de minérios também está aquecido, diz Selma Morandi, do Grupo Foco
Infraestrutura
Infraestrutura e transporte
Assim como nos setores da energia e da construção civil, eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 também demandam profissionais voltados para infraestrutura. “Até mesmo a área de shoppings centers e estruturas comerciais precisam de especialistas”, afirma Alexia Franco, líder da operação da Hays. O consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, lembra que o setor de transporte aéreo também deverá se beneficiar.
Farmácia
Setor farmacêutico
De acordo com Alexia Franco, da Hays, laboratórios do exterior buscam trazer investimentos para o Brasil, o que demanda profissionais técnicos e com atuação científica. Segundo ela, a pesquisa e o desenvolvimento, que sempre foram feitos lá fora, pode passam a acontecer no país.
Contábil, fiscal e financeiro
Setor contábil, fiscal e financeiro
Por conta do aquecimento da economia, a demanda por profissionais nas áreas contábil, fiscal e financeira é crescente, diz Renato Grinberg, diretor da Trabalhando.com.br. O setor de fundos de investimentos também está em crescimento, aponta Alexia Franco, da Hays. “Há muitos investidores estrangeiros querendo aplicar em fundos de investimentos no Brasil em função do alto retorno”, afirma. Para o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, a demanda por profissionais da área de investimentos será ainda maior se a taxa de juros brasileira continuar a cair. “Passa a ficar desinteressante aplicar na poupança e cresce a demanda por analistas financeiros.”
RH
Recursos humanos
O aquecimento do mercado de trabalho faz com que as empresas busquem profissionais de recursos humanos qualificados para atuar em áreas como as de desenvolvimento, capacitação, treinamento, gestão e  retenção. “Durante a crise, o profissional de RH ficou um pouco esquecido”, diz Alexia Franco, da Hays. Para o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, há demanda também por profissionais que saibam treinar líderes com origem técnica. “Quando você tem um líder que não foi preparado, ele pode provocar situações constrangedoras com o profissional.”
Seguros e Segurança
Seguros e segurança
Algumas áreas são favorecidas por disfuncionalidades do Brasil, lembra o consultor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, que cita o setor de segurança como em crescimento. Ele lembra, ainda, que o bom desempenho da economia e o aumento da renda fazem com que uma nova camada da população tenha acesso a bens que antes não tinha, como automóveis, exigindo das empresas de seguros adequação para esse público

Candidato deve buscar atender o mercado
Porém não adianta apenas ficar olhando as tendências de crescimento, se você deseja buscar um bom setor para trabalhar, os especialistas afirmam que os candidatos devem estar preparados e bem qualificados para conquistar essas vagas.
“É preciso estar atento ao mercado e buscar aperfeiçoamento profissional”, afirma Selma Morandi, diretora do Grupo Foco.

Proatividade
Os candidatos precisam ter proatividade ou seja ir atrás do mercado. “Tem muito profissional passivo. É preciso ler jornal, ver as empresas que estão em alta. Quem busca a carreira é o executivo”.

Fonte: G1

Sobre o autor

Mauricio Shinmi

Mauricio Shinmi

Com 17 anos de experiência na área de marketing digital e SEO, está na lista dos 50 maiores especialistas de Wordpress do Brasil, faz parte do conselho de tecnologia e inovação de Presidente Prudente - SP, certificado 8'Ps, UX, Google Sales e sócio fundador da Oxigenweb.

Deixe seu comentário

1 × quatro =

Comentários

Tony
Nossa, tecnologia da informacao ? Que furada… Estou nisso ha mais de 10 anos e estou querendo sair.. Salarios clt ridiculamente baixos e cheio de empresinhas que se entitulam “consultorias” que forcam os empregados a serem pj para atuarem como se fossem empresas (consultores) mas sao submetidos a subordinacao e cumprimento de horarios.. Podem ser mandados embora de uma hora pra outra sem nenhum direito, com uma mao na frente e outra atras.. E essas ditas “consultorias” ganham em cima do valor do proffisional por hora e sem fazerem nada.. Fala serio, mostrem o mercado aí fora como que é, chega de iludir estudantes com areas que só possuem um nome bonito e aparentemente promissor…
Josué
Área de TI é uma piada... um BOM analista ganha impressionantes R$ 3 mil por mês, isto tendo cursos específicos caríssimos, curso superior, pós-graduação. Outra área ferrada é a de RH, que dá pena dos analistas de folha, treinamento e remuneração.. um analista PLENO ganha depois de muito tempo, os mesmos R$ 3 mil que a área de TI (a maioria ganha R$ 2 mil). Áreas que considero melhores, depois de muito tempo, é a área de Controladoria, Financeira, em resumo, as que mexem diretamente com $$$ e que possuem mais contato com o Presidente da empresa. Obs: sou consultor de sistemas de RH e analiso diversas tabelas salariais diariamente.
ELIANE OLIVEIRA
estou me preparando bem,espero que eu possa ser chamada para trabalhar
Eduardo
Acho engraçado como essas "figuras de RH falam em como o profissional tem que se qualificar, e blá blá blá. Se qualificar custa caro, e com os salários de fome que essas "empresas" pagam, principalmente na área de TI, como se qualificar? Tirar dinheiro do próprio bolso, para chegar e ganhar 1,500 reais PJ? Essas "empresas" são espertas. Pagam matérias por aí, com tabelas mentirosas sobre salários, sobre falta de profissionais qualificados, para criar a ilusão disso. Essas "empresas" não investem um tostão nos funcionários, querem que ele chegue sabendo de tudo, "qualificado" e aceitando ganhar uma merreca. É isso que elas querem. Se querem profissionais "qualificados" invistam neles.
gilmar
na verdade não falta mão de obra qualificada . o caso é que os verdadeiros e bons profissionais, da area da construção civil nunca tiveram carteira assinada ou nunca quizeram assinar a mesma, por causa dos baixos salarios por exemplo. Eu sou empreiteiro tenho uma empresa da area de construção civil, mais nem assim as pessoas ou empresas querem contratar . Por causa dos impostos que acabam por onerar os custos e, então acabo trabalhando com os meus profissionais de todas as areas na informalidade,bom para o bolso de todos os que trabalham comigo; mais muito ruim para minha empresa que por todos esses motivos não arrecada e nem ganha nome no ramo. Mas posso garantir que na hora em que preciso sempre tenho bons profissionais ,tambem pago bem a todos eles e, coordeno todos os projetos a serem executados. Mas o mais curioso disto é que fui ajudante deles e, em tres meses eu ja fazia tudo aquilo que eles faziam e ,muito mais .Em seis meses todos eles passaram a trabalhar para mim e garanto todos eles são excelentes profissionais e ,os ajudantes se tornam meio oficiais, pois exijo que os que querem aprender; tenham a oportunidade de aprender e se tornarem profissionais. por motivo de baixos salarios e de falta de oportunidade de crescerem na area, é que os levam a trocarem de profissão e ,com isso essa demanda só aumenta. Pois os jovens de hoje em dia na verdade ,não querem nada com nada ,por isso são tão poucos os que restam.E so trabalham por conta propria para aumentar seu ganho. Obs : E garanto que as exigencias das empresas afastam e muito esses profissionais.
Mauricio
Exato Gilmar, ótimo comentário e obrigado por compartilhar sua experiência!