Vamos falar sobre marketing e o sucesso de Deadpool?
Escrito por Oxigenweb
Antes mesmo de sair de cartaz, Deadpool tem alimentado as mais diversas opiniões sobre o futuro dos filmes de heróis e sobre a importância de um bom trabalho de marketing. Sendo assim, resolvi entrar no clima e analisar a estratégia de divulgação utilizada. Inicialmente, vamos conferir o mega infográfico elaborado pela agência Iinterativa.
Deadpool foi um sucesso e sua campanha de divulgação não fez por menos. Vamos tentar descobrir o que passou na cabeça dessa galera, mas deixando de lado aquelas ações usadas em qualquer lançamento de filme, tais como o teaser/trailer, vazamento de vídeos e spoilers, os cartazes criativos, as fotos do set de filmagens, entre outras. Vamos pensar apenas naquilo ligado ao lado particular do filme.
Não, péra! Estamos no filme errado!
Sim, estamos, mas eu vou explicar.
Star Wars: O Despertar da força foi outro sucesso de bilheteria. Entretanto, a repercussão já era prevista pelo fato de ser Star Wars. Agora, analisando o buzz em torno da obra, podemos observar que grande parte desta repercussão se garantiu na ansiedade dos fãs com o novo capítulo e nas especulações sobre o enredo.
Boba Fett realmente morreu?
Será que a Disney vai dar conta de manter a qualidade e o sucesso da saga?
Quem é aquele cara com um sabre em formato de cruz?
Teremos um protagonista negro?
Star Wars arrebentou (no bom sentido da palavra) e por isso escolhi esse exemplo no qual a divulgação foi bem diferente do marketing usado para o filme do nosso anti-herói. Deadpool não é um cara bonzinho tipo Clark Kent, tampouco um sujeito mau e arrogante como o Loki. Ele é um cara irreverente, insano e contraventor. Imprevisível. Isso abre espaço para abordagens ligadas ao humor, sarcasmo e ironia que dominam a internet.
Imagine um pôster do Superman mandando beijinho? Isso nunca iria colar. Você usaria emoticons do Wolverine mostrando a linguinha? Nos dois casos é mais fácil quando se trata de Deadpool.
Voltando a falar da Força, a divulgação de Star Wars focou naquilo que o filme “poderia ser/iria apresentar”, focando na 3° pessoa do singular e plural (o filme, os participantes). Isso se deve ao peso tradicional desta franquia e aos vários personagens fodásticos. No caso de Deadpool, o cara simplesmente toma conta de tudo, tem personalidade forte e não divide o estrelato com ninguém. Isso permite que a estratégia de marketing tire o foco da 3° pessoa e jogue na 1° primeira pessoa do singular. Ao invés de alimentar sobre como o filme será e o que vai acontecer com os personagens, o marketing é afirmativo, dizendo “eu sou assim e você me verá assim”. Acredito que não houve uma campanha para divulgar e vender o filme do Deadpool, mas sim uma campanha para divulgar e vender o Deadpool. Pode parecer confuso, mas isso muda tudo.
Ao optar em vender o personagem, abre-se um universo de possibilidades criativas, pois campanhas para divulgar filmes podem ter limites, mas o Deadpool não tem limites. É como se fosse um super job que permite super provocações, super ousadias, e ainda fornece um escudo contra qualquer tipo de polêmica. É possível dar vida ao protagonista e fazê-lo interagir com datas comemorativas e notícias do cotidiano.
Os produtores do filme trabalharam duro para reproduzir nas telonas um longa fiel aos quadrinhos, e a campanha de divulgação conseguiu andar de mãos dadas com esse objetivo, graças ao talento dos profissionais envolvidos que conseguiram acertar em cheio o mote a ser usado no planejamento de comunicação. Liberdade criativa na mão de gente talentosa só pode ter um resultado: sucesso.
Fonte: plugcitarios.com
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